A Sra. Ellen G. White escreve sobre a obrigatoriedade de guardar-se o Sábado como meio de salvação, vejamos:
“Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna” . (EG White; Testemunhos Seletos, vol. III; Ed. Casa Publicadora; Tatuí – SP; 1956, pág.22). “O Pr. Bates, o apóstolo da verdade sobre o sábado, tomou a liderança em advogar a obrigatoriedade da guarda desse dia” (EG White, Primeiros Escritos, Editora Casa Publicadora, Tatuí – SP; 1995, Prefácio Histórico XXII).
“Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. Perguntei (ao anjo) quem era aquela multidão. O Anjo disse: Estes são os que já guardaram o sábado e o abandonaram” (EG White, Primeiros Escritos, Editora Casa Publicadora, Tatuí – SP; 1995, pág.37)
A posição que essa escritora goza no meio adventista é impar. Somente ela possui o “Espírito da Profecia”. Não só os adventistas reconhecem sua autoridade religiosa inquestionável, mas a própria escritora declara de si mesma: “Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de seus profetas e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio do testemunho do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falassem a Seu povo a respeito da sua vontade...” (Testemunhos Seletos – Vol.II, pág.276).(Ou seja, a autora se coloca acima dos próprios apóstolos de Cristo quando declara que no seu tempo, o tempo em que ela tinha as suas “revelações”, Deus falava mais seriamente.) Assim quando os Adventistas (daqui pra frente ADV) teimam que a guarda do Sábado é indispensável para nossa salvação, não é porque estejam estribados na verdade Bíblica, mas sim nas alucinações da Sra. E.G. White. Essa cidadã declara que a guarda do Sábado constitui o selo entre Deus e o seu povo nos dias atuais: “Que é, pois, a mudança do Sábado, senão o sinal da autoridade da igreja de Roma – “a marca da besta”; “O selo da lei de Deus se encontra no quarto mandamento... Os discípulos de Jesus são chamados a restabelecê-lo, exaltando o Sábado...”(Livro: O Grande Conflito, Ed. condensada, 1992, pag. 267 e 269)”.
Diante do exposto, fica claro que não é assim como alguns pastores afoitamente declaram que, entre nós e os ADV, só o que nos separam é a guarda do Sábado, como se fosse questão secundária. Parra nós sim, é questão secundária (Rm. 14:5-6). Para os ADV não: é questão de salvação ou perdição. Para os ADV a guarda do Sábado é o sinal que separa sua igreja, a verdadeira e única, das igrejas falsas, que são as denominações evangélicas, embora trabalhem nelas para distribuição das publicações da Casa Publicadora, vender discos, fitas K7 e todas suas mercadorias. Ingenuidade dos pastores que permitem seus púlpitos serem usados pelos obreiros adventistas, admitindo que somos todos iguais. Não sabem os pastores que além da guarda do Sábado como ponto central de suas conversações, os ADV têm outras doutrinas estranhas ensinadas pela Sr. White e abonadas pelos ADV, tais como: Juízo investigativo (a redenção incompleta de Cristo); o bode emissário ou Azazel como tipo da obra de Satanás de remover nossos pecados; o aniquilamento dos ímpios o sono da alma; a Igreja remanescente caracterizada pelo Dom de profecia de E.G. White e a guarda do Sábado; a natureza pecaminosa de Jesus; adoração a Deus no Domingo como sinal da Besta; proibição de vários alimentos; etc...
A DIVISÃO DA LEI
Os ADV, para imporem a obrigatoriedade da guarda do Sábado, se valem de argumentos infundados estabelecendo uma distinção entre a Lei Moral e Lei Cerimonial, Lei de Deus e Lei de Moisés, dizendo que a Lei Moral ou lei de Deus se restringe aos 10 mandamentos e continuará para sempre, e que a Lei de Moisés ou Lei cerimonial abrange o Pentateuco escrito por Moisés e foi abolida.
Essa distinção é imprópria e inescriturística, mas de grande valia para os ADV, pois, ao afirmarem que a Lei Moral consiste somente dos 10 mandamentos, e naturalmente isto implica na guarda do Sábado que é o quarto mandamento do decálogo. Não se pode negar que, na lei dada por Deus a Moisés (toda ela), existiam preceitos morais, cerimoniais e civis, mas, estão redondamente enganados os ADV quando afirmam que os preceitos morais da lei se restringem aos 10 mandamentos, porque, tanto dentro dele, como fora, se encontra preceitos morais e cerimoniais. Essa divisão feita pelos ADV é tão esdrúxula que eles próprios reconhecem essa falácia, ao dizerem: “Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias categorias: 1) Moral; 2) Cerimonial; 3)Civil; 4) Estatutos e juízos; 5) Leis de Saúde”. Esta classificação é em parte artificial” (Lições da escola Sabatina, p.18 de 08/01/1980). Realmente é artificial essa divisão, sem qualquer apoio bíblico, mas fundamental para impor a guarda do Sábado na doutrina Adventista.
A LEI DE MOISÉS
A Bíblia declara que só há um legislador e este é Deus: “Porque o Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador” (Is.33:22; Tg.4:12) Se há um só legislador afirmamos, com segurança, que essa suposta distinção entre lei de Deus(os 10 mandamentos) e Lei de Moisés (O Livro da lei) não resiste a uma pesquisa bíblica, porque indistintamente a mesma Lei é chamada de Lei de Deus e Lei de Moisés, porque Deus a deu por meio dele, e não que sejam duas leis distintas como ensinadas pelos ADV. Vamos a um teste:
- “E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés”(Ne.8:1). Observe a expressão “o livro da Lei de Moisés”. Este mesmo livro, denominado de “Lei de Moisés” é, a seguir, assim chamado: “E leram no livro, na Lei de Deus; e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse”; “E acharam escrito na Lei que o Senhor ordenará, pelo ministério de Moisés, ...”(Ne.8:8; 8:14). Como se vê, o livro da Lei é chamado indistintamente de “Lei Moisés” e de “Lei de Deus” sempre se tratando das mesmas leis e não de leis distintas. É falacioso o argumento dos ADV sobre a divisão da Lei. Essa farsa não resiste a uma análise séria sobre a palavra Lei na Bíblia, mas, que vulgarmente foi imposta a pelos ADV, para sustentar a obrigatoriedade da guarda do Sábado.
Vejam como os próprios ADV se contradizem sobre esse assunto:
“A lei cerimonial só descreve prescrição sobre holocausto, ofertas, formalidades sacerdotais, rituais do santuário, festas anuais, luas novas, circuncisão, abluções, manjares, etc.” (livro: “Sutilezas do Erro, p.70, 1Ed.1965). Mas se contradizendo, afirmam o seguinte:“Verdade é que em outras partes da Bíblia se encontram preceitos morais” (idem p.76). Encontramos preceitos morais nas seguintes referências bíblicas: “Não afligiras o forasteiro, nem o oprimirás”; “a nenhuma viúva nem órfão afligireis”(Êx.22:21,22); “Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para torcer o direito”(Êx.23:2); “...Santo sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”; “Não andarás como mexeriqueiro entre teu povo: não atentarás contra a vida do teu próximo...”; “Não te vingarás nem guardarás irá contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo...”( Lv.19:2,16,18). “Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cego os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos; “Perfeito serás para com o Senhor teu Deus” (Dt.16:19; 18:13)
Estes mandamentos devem ser considerados cerimoniais só porque Deus não os escreveu em pedras, dando-os a Moisés para que fossem escritos num livro?
Depois afirmam os ADV:“Os judeus usavam o termo “Lei” para referir-se a todo o corpo de revelações de Deus dadas por intermédio de Moisés. Denominavam os primeiros cinco livros do V.T. “A Lei” (A Torah)” (Lições da Escola Sabatina, p.56, 27/01/80). E acrescentam ainda: Note que a “Lei de Moisés”, nas Escrituras, refere-se a todas as leis dadas por meio de Moisés – cerimonial, moral e civil... “A Lei de Moisés” (Hb.10:28) incluía os Dez Mandamentos”(Lições da escola sabatina, lições de adultos/professor, p.11 de abril – junho de 1990).
OS DOIS CONCERTOS
A Bíblia fala do Concerto da Lei – conhecido como o Antigo Concerto, Antiga Aliança, Antigo Pacto ou Velho Testamento e o Novo Concerto, ou Nova Aliança, também conhecido como o tempo da Graça. Os 10 mandamentos são encontrados dentro do Antigo Concerto e assim quando os ADV nos interrogam por que não guardamos o Sábado – que é o quarto mandamento – respondemos que o Sábado está tão integrado dentro do decálogo, quanto o decálogo, por sua vez, está integrado no Antigo Testamento. Este, segundo a Bíblia, foi abolido e substituído pelo Novo Concerto – O concerto da graça.
Vejamos então as provas bíblicas segundo as quais os 10 mandamentos integravam o Antigo Concerto: “Então o Senhor vos falou do meio do fogo; e a voz das palavras ouviu, porém, além da voz, não viste semelhança nenhuma. Então, vos anunciou ele o seu concerto, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra” (Dt.4:12-13). “Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do concerto que o Senhor fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não bebi; e o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus, aquelas palavras que o Senhor tinha falado convosco no monte, do meio do fogo, estando reunido todo povo” (Dt.9:9-10).
“Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras; porque conforme ao teor destas palavras tenho feito concerto contigo e com Israel. E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras do concerto, os dez mandamentos.(Êx.34:27,28).
“Nela pus a arca em que estão as tábuas da aliança que o Senhor fez com Israel (IICr.6:11)
“...Nada havia na arca senão só as duas tábuas, que Moisés ali pusera junto a Horebe, quando o Senhor fez aliança com os filhos de Israel” (IICr.5:10)
“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo...” (Êx.20:1).
Desde o vrs.2 até o vrs.17 de Êx., Deus falou audivelmente as palavras dos 10 mandamentos. Desde Êx.21 ao 24, por meio de Moisés, Deus deu ao povo leis civis, morais e cerimoniais (que é a Lei), as quais vieram também integrar o Antigo Concerto.
“Vindo, pois Moisés, e contando ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos, então o povo respondeu a uma voz, e disseram: todas as palavras que o Senhor tem falado faremos. E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel” (Êx.24:1-3).
No vrs.3 diz que Moisés referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos estatutos comunicados a Israel por meio de Moisés. E o povo respondeu: “Tudo que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos”. Com certeza se a Lei fosse só o decálogo o povo não iriam querer obedecer a tantas ordenanças como bem se submeteram. Então, tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo (Êx.24:7-8). O escritor da epístola aos Hebreus se reporta ao primeiro concerto dizendo: “Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue; por que havendo Moisés anunciado a todo povo todos os mandamentos segundo a lei”(Hb.9:18); “Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança(ou mandamentos), por causa de sua fraqueza e inutilidade”(Hb.7:18, parêntese nosso)
A ABOLIÇÃO DO ANTIGO CONCERTO PROFETIZADA
Por intermédio do profeta Jeremias Deus anunciou um Novo Concerto, desde que o povo de Israel, que havia prometido tão prontamente observar os mandamentos do Antigo Concerto não o fez, invalidando assim aquele concerto. Fizeram um bezerro de ouro e se prostraram diante dele, adorando-o, o que constituiu a quebra do concerto (Êx.32:21).
Vejamos também Jr.31:31-34: “Eis que vem, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração( e não na pedra) e eu serei seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará alguém mais o seu próximo, nem alguém a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o mais pequeno deles até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jr. 31:31-34)
Vimos que o profeta Jeremias profetizou sobre o Antigo Concerto. Agora, vejamos o profeta Zacarias declarou sobre o mesmo: “E tomei a minha vara Suavidade, e a quebrei, para desfazer o meu concerto , que tinha estabelecido com todos estes povos” (Zc.11:10). Com essas palavras Zacarias figuradamente contempla a abolição do Antigo Concerto celebrando com as doze tribos de Israel (Dt.33:1-4; Êx.24:4-8). Zacarias continua: “E eu disse-lhes: Se parece aos vossos olhos, dai-me o que me é devido: e, se não, deixai-o. E passaram o meu salário, trinta moedas de prata” (Zc.11:12). Compare com Mt.27:3-10, Cl.2:14-17.
A ABOLIÇÃO DO ANTIGO CONCERTO CONFIRMADA
A abolição do Antigo Concerto é declarada pelo escritor do livro de Hebreus, nestas palavras: “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente quanto é mediador dum melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível (o velho pacto contendo inclusive os 10 mandamentos), nunca se teria buscado lugar para o segundo. Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um Novo Concerto. Não segundo o concerto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquele meu concerto, eu para eles não atentei, diz o Senhor... Dizendo Novo Concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” (Hb.8:6-9,13 – parênteses meu). “Então disse: eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo” (Hb.10:9). “O qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento, não da letra (lei), mas do espírito; porque a letra (lei) mata, e o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras de pedras (os 10 mandamentos), veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podia, fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto(que representava o velho pacto), a qual era transitória. Como não será maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação (aqui referindo-se aos 10 mandamentos) foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória(os 10 mandamentos), muito mais é em glória o que permanece”(IICor.3:6-11, o parêntese é nosso, pois aqui os ADV não tem como fugir da realidade, o apóstolo Paulo chama categoricamente os 10 mandamentos de “Ministério da morte” e o taxa como transitório). Este último vrs. Claramente declara que o que foi com glória haveria de acabar. Agora, para saber o que se acabou, perguntemos: O que foi para glória? O vrs.7 nos dá a resposta: “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória..”. Que lei foi gravada em pedras pelo dedo de Deus? A resposta só pode ser uma: OS DEZ MANDAMENTOS. Leiamos: “O Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus; e nelas tinha escrito conforme todas aquelas palavras que o Senhor tinha falado convosco...” (Dt.9:10). “Então, disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá, e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos...” (Êx.24:12). “Então, vos anunciou ele o seu concerto, que vos prescreveu, os dez mandamentos, o os escreveu em duas tábuas de pedra”(Dt.4:13).
A ABOLIÇÃO DO SÁBADO
Encontramos em Os.2:11 uma profecia sobre a abolição do Sábado: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas e os seus sábados; e todas as suas festividades”. Quando apontamos Cl.2:14-17 como se referindo ao cumprimento dessa profecias de Oséias, os ADV discordam arrazoando que a palavra “sábados” de Cl.2:16 se refere aos por eles denominados de “sábados cerimoniais ou anuais” que aparecem em Levítico 23, na relação dos feriados nacionais judaicos. Ocorre que os denominados “sábados cerimoniais ou anuais” já se encontram incluídos na expressão “dias de festas” de Cl.2:16: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festas, ou lua nova, ou dos sábados”. A prova está em Lv.23:37, que diz: “Estas são solenidade do Senhor...” Acerca do Sábado, indicado em Cl.2:16 se lê: “Além dos sábados do Senhor...”(Lv.23:38), isto é, os sábados semanais. Leiamos também: “E santificai os meus sábados(semanais), e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou Senhor, vosso Deus”(Ez.20:20, parêntese nosso). Compare: “Guardarão, pois, o Sábado os filhos de Israel...Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e restaurou-se”(Êx.31:16-17).
Tornando mais clara a declaração bíblica da abolição do Sábado semanal com base em Cl.2:14-16, apontamos:
- a expressão de Paulo em Cl.2:16 “dias de festas” se relaciona com os feriados nacionais judaicos, denominados festas e pelos ADV como “sábados cerimoniais ou anuais”(denominação anti - bíblica e sem fundamento) . São sete as festas anuais:
1) Festa da Páscoa – 15o dia do 1o mês – (Lv.23:5-7).
2) Festa dos asmos – 21o dia do 1o mês – (Lv.23:8).
3) Festa de pentecostes – 50o dia desde a Páscoa – (Lv.23:15-16).
4) Festa das trombetas – 1o dia do 7o mês – (Lv.23:23-25).
5) Festa da Expiação – 10o dia do 7o mês – (Lv.23:26-32).
6) Festa dos Tabernáculos (1o dia) – 15o dia do 7o mês.
7) Festa dos Tabernáculos (último dia de festa) – (Lv.23:24-36)
b) – A fórmula “dia de festas, luas novas e sábados” é a fórmula consagrada para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais ou semanais, mensais e anuais.
1o ) Exemplo “Porém no dia de Sábado(semanal) dois cordeiros de um ano... Holocausto é do Sábado (semanal) em cada Sábado....” (Num.28:9-10, parêntese nosso). “E as suas libações serão metade dum him de vinho para um bezerro... este é o holocausto da lua nova (cada mês) de cada mês, segundo os meses do ano” (Vrs.14). “Porém no mês primeiro, aos catorze dia do mês, é a páscoa do Senhor (cada ano) e aos quinze do mesmo mês haverá festa: sete dias se comerão pães asmos”(Vrs.16,17). Temos então a ordem dos holocausto: semanal, pela palavra “Sábado”; mensal, pela expressão “lua nova”; e anual, pela expressão “dias de festas”.
2o ) Exemplo: “E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados (cada semana), nas luas novas (cada mês), e nas solenidades (cada ano) por conta, segundo o seu costume, continuamente” (ICr.23:31, parêntese é nosso).
3º ) Exemplo: “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para o pão contínuo da proposição, e para os holocaustos da manhã e da tarde (cada dia), nos sábados (cada semana), e nas luas novas (cada mês) e nas festividades (cada ano)” (IICr.2:4, parêntese é nosso). (leiam também: IICr.8:13; 31:3, Ez.45:17)
Último exemplo:
“E farei cessar todo seu gozo, as suas festas (cada ano), as suas luas novas (cada mês), e os seus sábados (cada semana), e todas as suas festividades”(Os.2:11, parêntese nosso). (Agora, retornemos a Colossenses 2:14-17: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa (cada ano), ou da lua nova (cada mês), ou dos sábados (cada semana)), que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”(parênteses nosso).
Usando o argumento citado pelos ADV, que dizem o seguinte: “os termos Sábado, sábados e dia de Sábado aparecem setenta vezes no NT e em cada caso, exceto um, refere-se ao sétimo dia”(livro ADV: Estudos Bíblicos, p.378, 4o Ed.79). E qual o caso que “seria” exceção? Justamente Cl.2:16. Então, se os termos “Sábado”(singular), “sábados”(plural) ou “dia de Sábado” aparecem sessenta vezes e sempre se refere ao sétimo dia, ou Sábado semanal, e dando a eles o sentido de Sábado , nessas sessenta vezes – interpretação essa também aceita por tos os Adventistas, com exceção de apenas uma referência – então a nossa interpretação é correta, pois temos o apoio dessa interpretação cinqüenta e nove casos e os ADV só tem um. Se for um princípio de interpretação bíblica de que a Bíblia com a Bíblia se interpreta, a nossa interpretação, de Cl.2:16 é o sétimo dia, é correta. Alguns exemplos onde ocorre a palavra Sábado reconhecidas pelos ADV como sendo semanal: Mt. 12:1,2,5,10,12; 28:1; Mc.15:42; Lc.4:16,31; Etc... Dentre outras referências.
Contestam os ADV que o Sábado de Cl.2:16 não pode ser o Sábado semanal porque tais sábados não podem ser tidos como sombra. Ora, tanto pode, que é sombra do descanso que Cristo viria trazer para os seus (Mt.11:28-30, Is.11:10. Hb.4). Além disso, temos a palavra de um eminente teólogo ADV que assim afirma: “Além mais, a interpretação teológica que o comentário adventista dá (The Seventh-day Adventist Bíble Comentary) ao Sábado é difícil de justificar, uma vez que temos visto que o Sábado pode legitimamente ser considerado como sombra ou símbolo adequado da bênção presente e futura da salvação. Além disso notamos que o termo sombra é usado não em um sentido pejorativo, como um rótulo para observâncias inúteis cuja função cessou, mas para qualificar o seu papel em relação ao corpo de Cristo. Outra indicação significativa que contraria o Sábado cerimonial anual é de que estes já estão incluídos na palavra “heortês” e se “sabbáton” significasse a mesma coisa haveria uma repetição desnecessária. Estas indicações mostram fortemente que a palavra “sabbáton” conforme usada em Cl.2:16 não pode referir-se a nenhum dos sábados cerimoniais anuais” (From Sabbath To Sunday, p.358,359,360-1977, de Samuel Bacchiocchi).
A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS CONCERTOS
ANTIGO CONCERTO:
1) Dado por Moisés (Jo.1:17).
2) Jugo de servidão (Gl.5:1).
3) Findou em Cristo (Rm.10:4).
4) Produz Morte (IICor.3:7).
5) Produz Condenação (IICor.3:9).
6) Era sombra (Cl.2:14-17)
7) Exige Justiça (Lc.10:28).
8) Nada aperfeiçoou (Hb.7:19).
9) Veio em glória (IICor.3:7).
10) Pobre para salvar (Hb.9:9).
11) Relembra o pecado (Hb.10:3).
12) Glória encoberta (IICor.3:13).
13) Traz maldição (Gl.3:10).
14) Sob a lei (Rm.6:14,15).
15) Sem herança (Rm.4:13).
16) Ratificado c/ sangue de animais (Hb.9:16-22).
17) Produz ira (Rm.4:15).
18) Não pode remir (Hb.10:4).
Abolição predita (Os.2:11)
NOVO CONCERTO:
1) Dado por Cristo (Hb.8:6;9:15).
2) Lei da liberdade (Tg.1:25).
3) Estabelecido por Cristo (Hb.10:9).
4) Produz Vida (Rm.8:2).
5) Produz liberdade (Gl.5:1).
6) É realidade (Hb.10:1-18).
7) Oferece Justiça (Jo.1:17; 3:16)
8) Produz perfeição (Hb. 7:19).
9) Maior Glória (IICor.3:8-10).
10) Salva perfeitamente (Hb.7:25).
11) Apaga o pecado (Hb.8:12).
12) Refletindo glória (IICor.3:8).
13) Liberta da maldição (Gl.3:13).
14) Sob a graça (Gl.3:22-25).
15) Eterna Herança (Hb.9:15).
16) Ratificado com o sangue de Jesus Cristo (Mt.26:26-28).
17) Livra da ira (Rm.5:9).
18) Redime (Gl.3:13; Hb.9:25).
Estabelecimento predito (Hb.8:7)